Os textos que vos trago estão, por norma, alinhados em três temas principais: bons conselhos e informação útil sobre tudo o que envolve o estacionário de casamento; detalhes sobre o meu trabalho de artista e aquilo que aprecio e define a minha assinatura; e as histórias dos casais que vão passando pelo atelier A Pajarita, o trabalho que criamos juntos e ganha corpo e alma no dia do casamento.
Hoje vou falar-vos do estacionário de casamento dos noivos Adelaide e Rui.
As ideias para o estacionário de casamento
Um estacionário de casamento pode ser composto por uma peça ou por duas mil, passe o exagero. O que vos quero demonstrar é que a quantidade de elementos não define a sua beleza nem limita a experiência de criar algo com minhas mãos.
Prova disso, é pequeno estacionário de casamento que criei para Adelaide e Rui e o sentimento que continuo a experienciar quando me lembro deles.
A Adelaide e o Rui agendaram uma reunião no meu atelier e, desde o primeiro momento, o trato doce de ambos foi algo muito presente: a gentileza, o detalhe, a conversa aberta e franca, sem artifícios ou ambiguidades. Tudo isto suscitou em mim uma enorme vontade de trabalhar com eles!
Conectámo-nos de forma imediata e muito natural. Em comum, tínhamos o gosto pelo papel manual, as cores suaves, a liberdade criativa que esperavam, a simplicidade com que descreviam o que gostavam e o que imaginavam para o seu dia mais bonito. Queriam um dia autêntico onde o sentimento fosse rei, como um enorme abraço familiar e radiante.
O Convite de casamento em papel de algodão
Seguimos o processo habitual: conversámos sobre necessidades e expectativas, preparei um orçamento, e com a sua aprovação e voto de confiança, pus mão à obra.
O papel escolhido foi um dos meus favoritos – fabrico manual, de algodão, com uma textura prazerosa, livre de químicos e sem branqueamento, em tom natural. Para mim, simplesmente perfeito, não me canso de dizer o quanto sou apaixonada por este papel!
No envelope, “plantei” um delicado jardim, conjugando desenho e pequenos detalhes em aguarela, dando destaque à cor mais marcante do dia – o verde-água – com uma mancha de aguarela na orla da pala.
Para o convite, um cartão com o texto escrito pelos noivos anunciava a sua união, com um tom pessoal, em forma de carta, com dois apontamentos de aguarela, equilibrados em cantos opostos.
Estes foram os elementos escolhidos para criar a primeira impressão, o vislumbre inicial do que viria a ser o dia que preparavam com tanto carinho e empenho, com frescura e delicadeza.
O estacionário complementar: marcadores de lugar
As restantes peças do estacionário de casamento foram desenvolvidas de forma a complementar a bela decoração da festa, e em colaboração com o talento dos noivos.
Sobre cada prato, uma combinação perfeita: um pequeno tsuru em origami, num papel com um delicado padrão floral, feito pelo Rui, e um cartãozinho, no mesmo papel do convite, com o nome do convidado, feito por mim.
A elegância estava servida, que começe a festa!
Um conceito simples, nunca simplista!
Desde a nossa primeira conversa, intui que este iria ser um processo doce e muito natural – e assim foi, rodeado de carinho e confiança mútuos, o melhor alimento para a criatividade.
O resultado só podia ser este, um dia leve e fresco, verdadeiro. Delicado na sua natureza, duradouro nas suas intenções.
Desejo as maiores felicidades a Adelaide e Rui, que continuem a brindar aqueles com quem se cruzam com a sua simpatia e delicadeza!
ESTACIONÁRIO DE CASAMENTO: ADELAIDE & RUI, um texto escrito a quatro mãos, com a imprescindível Susana Esteves Pinto.
Profissionais envolvidos neste bonito dia:
Estacionário de casamento: A Pajarita | Fotografias: Momento Cativo | Vestido de noiva: Jesus Peiro Porto | Bouquet de noiva: Bosque | Decoração: Torre Bella | Local: Vinha Boutique Hotel | Dj: Nuno Cacho | Wedding planner: L’Experience Events | Música: Pedro Pinto Music | Makeup e cabelo: Jenny Makeupland.