A minha história não é habitada: alimenta e desperta os sentidos, encorajando a vontade de sonhar. Não tem um epílogo nem heróis, tão em voga no storytelling dos nossos dias. Remete-nos sim, para o desejo de viver uma história na sua essência, focada no cerne de uma relação, no amor.
O convite que marca o dia é cheio de referências pessoais e simbólicas. Privilegiando o tempo e o saber fazer manual, é pintado a aguarela sobre papel feito à mão, com textura e imperfeições.
As flores sazonais misturam-se com espécies secas, frutas e folhas de alface e brócolos, de forma orgânica, e uma paleta cromática natural e viva. Como se tudo fosse colhido aleatoriamente do quintal da família, pela sua beleza intrínseca.
À mesa, regressam as tradições da família. Sobre uma toalha feita de memórias, os pratos e os copos da Mãe misturam-se com talheres e guardanapos mais contemporâneos. As frutas, vegetais e flores combinam as suas formas, texturas e cores numa estranha e segura beleza, cheia de significado e memórias dos que estão sempre presentes em nós.
Selamos a união com promessas de amor simbolicamente interpretadas e pintadas, unindo a essência de duas pessoas e preservando a sua individualidade. Unos, somos dois.