Trago-vos o meu segundo exercício criativo deste ano – que bem que me sabe ginasticar a imaginação, sem constrangimentos, e deixar as ideias fluírem até um sítio belo e inspirador! É essa experiência que vos quero mostrar hoje, e convido-vos a acompanharem-me neste passeio tão prazeroso.
É domingo, caminhamos por entre a vegetação que ondula ao sabor da brisa, num silêncio tranquilizante.
É assim que começa esta história, que poderia ser de um filme, mas é real. Escutei-a numa viagem de metro e, desde logo, fiquei fascinada. Foi a faísca perfeita para um exercício criativo!
Uma jovem mulher, sem conseguir conter a sua felicidade, contava à sua companhia (certamente colegas de trabalho, pelo trato caloroso mas não íntimo), que estava noiva. A curiosidade instalou-se e, após responder a algumas perguntas, respirou fundo e começou a descrever como tudo tinha acontecido. Eu, que estava ao lado dela, não pude deixar de me deliciar.
Como era hábito, juntamente com o seu (então) namorado, foram dar um passeio pelo campo, entre terrenos baldios. O que seria inicialmente um passeio matinal a dois, acabou por ter como companhia alguns amigos, que se juntaram por acaso.
Durante o agradável passeio, as conversas animadas interrompiam o silêncio da natureza. Olhámos um para o outro e tudo parecia perfeito, não sei se foi pela luz ou pelo momento, tudo estava no seu sítio e o meu coração batia por ele, mais do que nunca.
Neste momento, uma amiga disse que nem sabia que o caminho ia dar à ponte. Olhei para cima e lá estava ela, como sempre, tão alta que o ruído dos carros nem se ouvia.
Quando me voltei para ele, estava ajoelhado e disse-me que me amava e, que embora não fosse premeditado nem tivesse anel, tinha a certeza que queria passar o resto dos seus dias comigo.
Nem quis acreditar, o silêncio deu lugar a uma alegria tremenda, todos gritavam e nos felicitavam… E, claro, que disse sim!
O nosso passeio quotidiano entre a natureza tornou-se num dos dias que jamais quero esquecer, pleno de memórias e significado!
O Estacionário
Para esta história que ouvi e que me deliciou, criei um estacionário de casamento pintado em aguarela, num papel manual bege, rústico, e com uma textura expressiva.
A inspiração era a imagem desse sítio, onde ela foi feliz, imaginado e real ao mesmo tempo, mais emoção do que forma.
De uma paleta de cores muito fresca e uma expressão manual livre e espontânea, Das suas cores, de expressão livre e espontânea, nasceria cada elemento do estacionário, do save the date ao menu.
O BOUQUET
Imaginei um bouquet de noiva colorido, muito fresco como as manhãs, como se ela tivesse colhido as flores no seu passeio: colorido, despretensioso, fruto da generosidade da natureza.
A FESTA
Para este casal, jovem e imaginado, só faz sentido uma mesa romântica e muito florida. Cada lugar, cuidadosamente pensado, tem um marcador de lugar com uma pêra (fruta despretensiosa, fresca, com uma doçura e textura inconfundíveis), e um menu com a ilustração de alguns ingredientes.
Tudo leve, fresco, descomplicado, primaveril, tal como este casal apaixonado!
Uma bela história merece uma bela apresentação. Espero que tenham gostado desta proposta que nasce de um instante muito singelo e que valoriza o que é importante.
Na sua simplicidade, é grandioso e apaixonante.
Espero-vos no próximo artigo!
RECORDAÇÕES AMENAS, um texto escrito a quatro mãos: Alexandra Barbosa e a imprescindível Susana Esteves Pinto.
O editorial Recordações Amenas foi criado por:
Conceito, estacionário, decoração e flores: A Pajarita
Fotografia: Side by Side
Estúdio fotográfico: Vintage Studio