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SEIS ERROS QUE NÃO DEVE COMETER

Seis erros que não devem cometer ao pedir uma proposta de orçamento

 

E estamos de volta com os artigos regulares d’A Pajarita!
Hoje quero alertar-vos para seis erros que devem evitar ao pedir uma proposta de orçamento para o vosso estacionário de casamento. São erros comuns, como que me deparo quotidianamente nos quase 11 anos de experiência a desenhar convites para noivos, e é importante adereçá-los, porque resultam de desconhecimento (e aqui no blog d’A Pajarita tenho partilhado muito conhecimento sobre o meu trabalho, técnicas, materiais, boas práticas, etc.), falta de empatia ou pura (e custosa) distração.
Estamos cada vez mais automatizados (e menos humanizados), mais frios, e os bons modos tendem a perder-se. Felizmente não está tudo perdido, é uma questão não nos esquecermos de como gostamos e queremos ser tratados, e espelhar esses mesmos gestos, palavras e intenções, para quem está do outro lado.
N’A Pajarita, o bom trato nunca perde espaço ou sai de moda, porque é a minha – única – forma de estar. O “muito obrigada”, o “bom dia”, o “como está?” espera-vos sempre, por mais seca e desnutrida que tenha sido a abordagem recebida.
Sendo assim, para os mais distraídos, reuni os seis erros que não devem cometer ao pedir um orçamento ou contactar um serviço (meu, ou de outra pessoa).

 

Erro nº1
  • Enviar um email genérico para uma lista de fornecedores, sem ter em atenção se todos fazem mesmo o serviço que estão à procura.

Sei que numa sociedade cada vez mais digital, em que estamos atrás de um ecrã, muitas vezes generalizamos tudo sem ter em conta as consequências, em nome de uma suposta rapidez ou eficácia. Somos todos muito fortes, seguros e especialistas quando mediados pelo vidro frio do telefone… Basta reparar no que se escreve nas caixas de comentários das redes sociais.
Quando mandamos um email generalizado sem ter em consideração se essa empresa faz o que procuramos, é mesmo que ir a uma loja especializada em malas e pedir para experimentar um fato. Ou ir à Dior e pedir uma camisa da Zara. Não faz sentido, pois não? E é um pouco ofensivo, displicente, como se o tempo e disponibilidade do outro não tivessem qualquer importância e, por isso, não exigissem algum tipo de consideração.
A vossa primeira impressão não seria a melhor e, não se esqueçam, existem fornecedores que podem escolher os seus Clientes, não é exclusivo de marcas como a Hermès.
Não desconsiderem quem contactam, não os tratem como apenas mais um, porque podem ser tratados de igual forma e para um dia tão importante e especial como o vosso, só devem desejar quem trabalhe com amor, gentileza e dedicação – e queira, de facto, trabalhar convosco, em sintonia.

 

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Erro nº 2
  • Não incluir detalhes precisos.

Muitos pedidos chegam como uma adivinha: “quero o orçamento para convites para o nosso casamento!”
Claro está que todos os fornecedores são videntes! Pois, não são, e, ironias à parte, ainda que haja quem trabalhe com catálogo e preço fixo, precisando apenas de saber quantidades para providenciar o número de bingo, muitos fornecedores prestam um serviço inteiramente personalizado, onde tudo é à medida de uma ideia que ainda nem surgiu ou fui conversada – e as variantes são imensas, do tamanho aos materiais, passando pelo acabamento, número de peças ou técnica de impressão.
Organizar um casamento é algo complexo e cheio de detalhes, seja com ajuda ou sozinhos, sejam generosos e gentis com vocês próprios – evitam escrever 37 emails quando podem colocar toda a informação relevante no primeiro contacto, e receber quase tudo o que precisam de saber, no email de resposta, pelo menos o suficiente para discernirem se é uma conversa que querem iniciar ou se está fora do vosso orçamento, gosto ou até feeling.
Do meu lado, não espero que saibam tudo sobre estacionário de casamento (apesar de já ter feito toda essa pedagogia por aqui, nem precisam. Podem partir do grau zero, informando que se vão casar, na data tal, no sítio tal, e perguntando que informações são necessárias reunir e enviar para receber uma estimativa ou proposta de valor. Se sabem um pouco mais, podem indicar nº de convidados/quantidades, que tipo de peças gostariam de ter (convite, missal, seating plan, ementas, etc.), e que tipo de convite imaginam – ou gostam, usando exemplos do portfólio do fornecedor, e algumas palavras sobre essa vossa escolha.
Se não sabem nada, apenas gostam muito, marquem uma reunião, façam perguntas, escutem e respondam também. Numa só conversa, as partes envolvidas ficam com a informação que precisam e poupam tempo mutuamente.

 

Erro nº3
  • Omitir o orçamento estipulado.

Este parece ser um tema delicado e constrangedor, sem que tenha alguma razão factual. O valor que alocam a este item é uma decisão vossa, e reflete a vossa disponibilidade financeira para o assunto e a importância que este item tem na vossa lista, é uma decisão soberana, apenas vossa, nada mais – e não há juízos a fazer sobre isso.
O valor que destinam a determinado item pode ser mais baixo que o seu valor de mercado real, por falta de conhecimento vosso. Não se sintam mal por essa falta de informação específica, é perfeitamente natural, já que este tipo de aquisição não faz parte do vosso dia-a-dia,  perguntem, entendam as respostas e ajustem as expectativas e números.
Muitos noivos acham que não se pode mencionar valores e que se o fizerem, terão propostas inflacionadas. Não é verdade, indicar o plafond apenas baliza as opções que vos podemos apresentar. Não faz sentido propor-vos um convite pintado à mão, um a um, quando o vosso plafond é de 5€ por unidade. É muito mais produtivo apresentar-vos soluções que otimizam esses 5€ e que vão ao encontro das vossas expectativas – e das minhas!
E permitam-me que vos aconselhe, não vale impor a presunção de valor (errada) ao fornecedor e esperar que seja este a comprometer a qualidade do seu trabalho e assinatura, só para vos agradar e prestar o serviço. É um erro, não é essa a dinâmica que se quer entre as duas partes interessadas no melhor resultado! A transparência e a mensagem clara não mudam o somatório do orçamento, mas são determinantes na atitude e relação na hora de concretizar o projeto em mãos.

 

Erro nº4
  • Não partilhar inspiração.

Certamente já ouviram a expressão, “uma imagem vale mais que mil palavras”. Para um serviço feito à medida, as imagens de inspiração podem dizer muito mais sobre vocês e do que perspetivam do que possam pensar. Sobretudo, se vos falta uma certa articulação para a linguagem estética, mais descritiva e elaborada – isso não é, nunca, um problema!
Na inspiração procuramos a linguagem com que se identificam, aspetos técnicos e estéticos, o que ajuda imenso a perceber qual é a vossa mais sincera perspetiva. As imagens falam, para que vocês não precisem de o fazer.
De que tipo de imagem mais gostam, preferem cores planas ou pinceladas soltas, são elementos que ajudam a perceber a expressão e a técnica que melhor vos representa. A inspiração é muito útil e muito produtiva quando feita com cuidado e atenção, porque é o ponto de partida, o alfabeto para a história que vamos contar.
Mas é contraproducente se enviam fotografias de estacionário só com texto, a preto e branco, quando o que idealizam é algo com cores fortes e com imagens pintadas com pinceladas precisas e detalhadas. O resultado pode ser o menos desejado para ambos os lados, tanto o fornecedor que perde o seu tempo a orçamentar algo que está fora das vossas reais expectativas como para vocês que perderam tempo a trocar emails para receber um orçamento que em nada corresponde às vossas expectativas.
Se forem como eu que aprecio mais o pormenor do que o todo, deixo-vos uma dica: coloquem no título de cada imagem o que nela mais valorizam. Por exemplo, se numa fotografia encontraram o modelo exato de convite que idealizam, identifiquem-na como “formato de convite”, assim o profissional só terá em conta aquilo que é relevante e não os restantes elementos como a cor, a estética ou a tipografia.

 

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Erro nº5
  • Não fazer perguntas.

Ficar com dúvidas quando podem ser esclarecidas, não, por favor! Só pergunta quem quer saber e se vocês querem, perguntem!
Nunca sintam que essa falta de conhecimento é uma fraqueza, mas sim algo muito natural e comum a qualquer casal. Portanto, se não sabem do que se está a falar, se não entenderam uma informação ou o significado de um comentário, perguntem, sempre. Isso só irá demonstrar interesse e atenção vossa, esperando a mesma exigência na entrega do fornecedor, algo muito positivo e construtivo para ambas as partes. Se estiver tudo claro, não há percalços, não há pontas soltas. O processo é mais leve e seguro.

 

Erro nº6
  • Não ler.

Pois.
Se recebem um orçamento detalhado, devem lê-lo com atenção igualmente detalhada.
O total não é tudo, é imprescindível saberem a descrição do produto/serviço que estão a adquirir de forma clara, o processo e tempos de cada fase, os momentos de pagamento, o que está incluído e não incluído, aquilo a que têm direito e aquilo que vos é devido. O quê, como e quando.
Um serviço não é apenas um total que se compara. E os orçamentos (e serviço que aporta) não são todos iguais. Não deem como garantido aquilo que “acham” ou o que leram noutro orçamento, cada empresa, sua sentença!

 

Espero que este artigo vos seja útil, e que ajude a poupar tempo e incentive a perguntar.
Se tiverem alguma questão ou algum tema que gostassem de ler por aqui, não hesitem em contactar-me.
Despeço-me na vossa companhia, até ao próximo artigo!

 

 

“Seis erros que não devem cometer ao pedir uma proposta de orçamento”, um texto escrito a quatro mãos: Alexandra Barbosa e a imprescindível Susana Esteves Pinto.

 

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